Ser MEI (Microempreendedor Individual) é uma ótima maneira de começar a empreender no Brasil.
O modelo é simples, barato e pensado para facilitar a formalização de pequenos negócios.

Mas essa simplicidade inicial pode esconder armadilhas: em determinados momentos, a ajuda de um contador deixa de ser apenas uma opção e passa a ser essencial para que o MEI continue crescendo sem riscos.

Neste artigo, vamos explicar quando o MEI precisa de um contador e como o suporte profissional pode fazer toda a diferença para o futuro do negócio.

O que é ser MEI?

O MEI é um regime simplificado de empresa criado para formalizar profissionais autônomos e pequenos empreendedores.

As principais características do MEI são:

• Faturamento anual de até R$ 81 mil;
• Pagamento de uma guia única de impostos (DAS-MEI), com valor fixo mensal;
• Isenção de obrigações acessórias complexas;
• Direito a benefícios previdenciários (aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade).

Com essa estrutura enxuta, o MEI pode cuidar da própria parte burocrática no começo da jornada.
Mas conforme o negócio evolui, surgem situações onde o apoio contábil é crucial.

Quando o MEI não precisa de contador?

Por lei, o MEI não é obrigado a ter contador para:

• Fazer sua inscrição no Portal do Empreendedor;
• Emitir a guia DAS mensal;
• Entregar a declaração anual (DASN-SIMEI).

Esses processos são simples e podem ser feitos diretamente pelo próprio empreendedor.

Mas atenção: isso não significa que em todas as situações o MEI deve seguir sozinho.

Quando o MEI precisa de contador?

Mesmo sem obrigatoriedade legal, existem vários momentos em que a ajuda de um contador se torna fundamental:

1. Quando o faturamento ultrapassa R$ 81 mil

Se o MEI ultrapassar o limite anual de R$ 81 mil:

• Ele será obrigado a recolher impostos retroativos como microempresa (ME);
• Pode ter que pagar multa e juros;
• Precisará migrar para outro regime tributário (Simples Nacional ou outro).

Nessa hora, um contador é essencial para:

• Regularizar a situação sem pagar mais do que o necessário;
• Escolher o melhor regime tributário para a nova fase do negócio;
• Orientar sobre novas obrigações contábeis e fiscais.

2. Quando o MEI contrata funcionários

O MEI pode contratar até um funcionário, mas deve seguir todas as obrigações trabalhistas, como:

• Registro em carteira;
• Pagamento de INSS e FGTS;
• Cumprimento da legislação trabalhista.

Fazer isso sem apoio pode resultar em multas e problemas na Justiça do Trabalho.

3. Quando o negócio cresce e se torna mais complexo

Se o MEI:

• Começar a vender para outras cidades ou estados;
• For contratado por grandes empresas que exigem mais formalidades;
• Tiver que emitir grande volume de notas fiscais;

é recomendável contar com apoio contábil para:

• Garantir a correta tributação;
• Cumprir obrigações municipais e estaduais específicas;
• Evitar riscos futuros.

4. Quando há dúvidas sobre tributação e obrigações

Mesmo dentro do MEI, dúvidas frequentes surgem:

• Como emitir nota para outro estado?
• Como declarar receitas de diferentes atividades?
• Como lidar com a inadimplência de clientes?

Um contador pode orientar o MEI a agir da forma correta em cada situação, evitando erros que, lá na frente, podem sair caro.

5. Quando se planeja crescer ainda mais

Se o MEI pretende:

• Aumentar faturamento;
• Expandir atividades;
• Buscar parcerias maiores ou linhas de crédito;

o apoio de um contador desde o planejamento ajuda a estruturar o crescimento de forma segura.

Benefícios de ter apoio contábil mesmo sendo MEI

• Prevenção de problemas fiscais: evita erros em declarações e pagamentos.
• Organização financeira: facilita controle de receitas, despesas e lucro.
• Planejamento tributário: paga menos impostos de forma legal.
• Orientação estratégica: ajuda a planejar o crescimento sem surpresas.
• Segurança para o negócio: tranquilidade para focar no que importa: vender e crescer.

Exemplos práticos

Exemplo 1:
Um MEI ultrapassou o faturamento em outubro, mas só percebeu em janeiro seguinte.
Resultado: pagou multa de 20% sobre todo o excesso de receita, além de recolher impostos retroativos como microempresa.

Com um contador:
O acompanhamento mensal teria permitido fazer o desenquadramento correto e parcelar os tributos de forma muito mais leve.

Exemplo 2:
Uma empreendedora contratou uma funcionária sem registrar formalmente.
Após uma denúncia, sofreu fiscalização do Ministério do Trabalho e pagou multa de R$ 8.000.

Com um contador:
Teriam feito o registro correto, evitando a autuação.

Dúvidas comuns de MEIs que o contador pode esclarecer

• Posso ser MEI e ter sócios?
• Como emitir nota fiscal eletrônica no meu município?
• Como declarar serviços prestados para clientes no exterior?
• Posso atuar em mais de uma atividade como MEI?
• O que acontece se eu deixar de pagar o DAS?

Essas e outras dúvidas podem ser rapidamente solucionadas com a ajuda de um contador.

Conclusão

Começar como MEI é uma excelente escolha para quem quer formalizar seu trabalho e construir um negócio de forma simples.

Mas conforme a empresa cresce, surgem desafios fiscais, contábeis e estratégicos que exigem apoio especializado.

Ter um contador ao lado é investir na segurança e no futuro do seu negócio.

Quer crescer com segurança e evitar problemas fiscais no seu MEI?

Fale com um contador especializado e tenha tranquilidade para focar no que realmente importa: fazer seu negócio prosperar!